Jato de Plasma
04/01/2022
Drenagem linfática no Pós Operatório
Toda a cirurgia plástica provoca uma lesão tecidual, pois altera mecanicamente ou funcionalmente parte dos sistemas orgânicos do organismo. Mesmo quando realizada de maneira correta, provoca alterações teciduais, que desencadeiam reações inflamatórias agudas locais, em menor ou maior grau.
A DLM é indicada para pós-operatório com presença de retalhos cutâneos. Entretanto, deve ser aplicada de maneira cautelosa, uma vez que esse retalho se encontra em fase de aderência, onde os movimentos de deslizamento profundo estão contraindicados.
No que diz respeito à modalidade de DLM aplicada após cirurgias estéticas, é importante destacar que como há lesão tecidual e, conseqüentemente, lesões no sistema linfático e vascular, a linfa não poderá ser drenada da maneira tradicional, sendo neste caso necessário utilizar vias alternativas para eliminar o excesso de líquido na região operada. Por isso, algumas manobras e o direcionamento da linfa sofrem modificações, chamada DLM reversa, sendo que pode sofrer modificações de acordo com o tipo de cirurgia e também de acordo com o tipo de incisão realizada pelo cirurgião (VASCONCELOS, 2015).
A seguir estão descritas as principais complicações pós-operatórias e algumas características destas, de modo a diferenciá-las e entender de que maneira a DLM poderá atuar:
Edema: no período de pós-operatório de cirurgias estéticas, o edema estará sempre presente e geralmente persiste por até três meses. Caracteriza- se pelo acúmulo excessivo de líquidos, sendo percebido pela modificação do contorno do corpo com elevação túrgida do tecido.
Seroma: o seroma é uma complicação pós-operatória mais comum em
cirurgias que provocam grandes alterações teciduais e caracteriza-se pelo acúmulo de linfa e plasma num espaço morto, gerando comprometimento do resultado final da cirurgia.
Equimose: é a formação de manchas na pele ocasionadas pela ruptura de vasos sanguíneos e extravasamento de hemácias para o tecido.
Hematoma: é uma coleção de sangue, em diferentes quantidades, que
ocorre após ruptura de vasos sanguíneos mais calibrosos, formando manchas escurecidas.
Fibrose: é a formação ou o desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo em um órgão ou tecido, gerando alterações inestéticas locais.
Deiscência: é caracterizada pela reabertura da incisão cirúrgica previamente fechada e pode resultar em infecção ou formação de cicatriz inestética (BORGES, 2010).
Comentários